sexta-feira, 26 de junho de 2009

Nossa história é assim


Esperei esfriar a cabeça por 48 horas, poderia aqui transcorrer diversas linhas sobre os gols perdidos no começo do jogo contra o Cruzeiro, a falta de potencial de reação ou de qualidade de alguns atletas, etc. Poderia dizer que o ataque foi mal escalado, que a defesa estava mal posicionada, etc.

Mas isso seria se eu estivesse falando de um time qualquer, menos do Grêmio. Estou falando do time da Guerra em La Plata, da Batalha dos Aflitos, da Libertadores ganha na altitude, do Mundial decidido na prorrogação.

O resultado de quarta é exatamente daqueles que o Grêmio gosta de trazer para casa. Jogar sabendo exatamente do que precisa, não é por acaso que temos a fama de copeiro, temos essa fama exatamente por sabermos que um mata-mata tem 180 minutos, e recém transcorreram-se 90, temos essa fama por saber que aquela falta perfeita de Souza não só nos deixou vivo, mas criou uma quase certeza da classificação que quem sabe não teríamos se o jogo terminasse em zero à zero.
Não me pergunto se é possível fazer 2x0 nos Mineiros, me pergunto como seria possível não fazer. A história de racismo criada no vestiário mineiro somente serviu para injetar o ânimo que faltava na equipe. Sinceramente, tenho uma até uma ponta de pena dos cruzeirenses que entrarem em campo no Monumental dia 2/7, verão 11 guerreiros determinados na frente deles e 50 mil pessoas em volta como que formando um círculo e onde eles não poderão escapar ou se esconder.
O inesquecível relato de Armindo Antônio Ranzolin no gol de César contra o Peñarol, tricampeão do mundo, na Libertadores de 1983, ainda ecoa pela minha memória:

"- Eu disse que acreditassem! Eu pedi que acreditassem! Eu nunca deixei de acreditar que o Grêmio ia ser campeão da América, hoje, esta noite, em Porto Alegre!"

Por isso, pela camiseta, pela raça, pela torcida; EU ACREDITO, e você?

Nenhum comentário:

Pesquise no Blog

UA-8936653-1