terça-feira, 15 de setembro de 2009

SIRVAM NOSSAS FAÇANHAS



Transcorre ao longo desta semana e o início da próxima, duas das mais importantes datas do Estado do Rio Grande do Sul, e achei impossível falar de uma sem falar da outra.


15/09
Em 15/09/1903, fora do eixo Rio-SP, ninguém sabia sequer o que era futebol. Eis que então, na metade de baixo (geograficamente falando) do país surge mais que um clube, uma lenda. o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense da seus primeiros passos. Não sei se naquela época aqueles irmãos alemães sabiam que estavam fundando um mito, mas onde estiverem hoje, com certeza são orgulhosos do que fizeram, e do que fizeram outros por sua criação. Em 106 anos de história, somos um clube conhecido mundialmente, claro que temos alguns arranhões na nossa história, mas é isso que nos fortalece, visitamos o inferno sim, mas das duas vezes que fomos lá saímos para escrever nosso nome na América. Jamais vivemos a sombra de um rival, aliás, este só surgiu por não terem sido aceitos nas fileiras tricolores. Talvez naquela época ja se soubesse que para vestir nossa jaqueta tem que ser mais que um homem, tem que ser um guerreiro...não se fabrica nem se compra um Lara, Everaldo, Dinho, Renato, Danrlei, Sandro Goiano...não é assistindo vídeos no Youtube e decorando musicas que se faz uma torcida, não é de graça que se ganha a alcunha de IMORTAL e não é apenas com dinheiro que se ganha títulos. E graças ao Grêmio, hoje o mundo sabe disso. Parabéns ao Grêmio e parabéns a nós, que devemos agradecer todos os dias por sermos Gremistas.

20/09
20 de Setembro, a data que marca um ato de bravura ímpar na história do Rio Grande e do país vizinho (Brasil). Onde o sul mostrou sua valentia perante o resto do mundo, mostrou que é forte, aguerrido e bravo. E parece que, inspirado nesta mística, que em um mesmo setembro, 68 anos depois surgiu o Grêmio FBPA. São raros os clubes tão identificados com a história de seu estado quanto o Grêmio e o Rio Grande do Sul, pois assim como os antepassados Farrapos, mostramos ao resto do Brasil que aqui ninguém baixa a cabeça para o eixo Rio-São Paulo, e que somos tão capazes, e talvez mais, que o povo lá de cima. Desbancamos ar de superioridade perante um Morumbi lotado em 1981, um Maracanaço em 1997, e nesse meio tempo mostramos a América e ao Mundo quem era o Grêmio e onde fica o Rio Grande do Sul, abrindo esse caminho para que o filho mais novo do RS o fizesse também 23 anos depois.
Então, neste 20 de setembro, podemos olhar para nosso céu sempre azul, e como Gremistas e Gaúchos, podemos, com mais propriedade que ninguém, dizer:

Sirvam nossas façanhas de modelo a toda a Terra!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Exadristas em um campo de batalha



Desta vez foi sem batalha, com onze homens em campo, e uma partida relativamente tranqüila, tenho certeza que a mística dos Aflitos contribui para a boa atuação da equipe.


Depois de ontem a imprensa se acalmara um pouco, talvez o foco volte-se para o nosso co-irmão, o que é bom, pois o time terá uma semana de tranqüilidade. Com os três pontos na mala o time volta ao RS em plena semana Farroupilha para enfrentar o Fluminense, no fatídico dia 20 de setembro.


A partir de agora o campeonato torna-se um jogo de xadrez, devemos ocupar cada posição da tabela como se fosse um campo de batalha, cada território (posição) deve ser conquistado, ocupado para a partir daí almejar uma nova posição.


Sinceramente não acredito que Goiás e Atlético MG tenham fôlego para chegarem a libertadores, dos que estão abaixo na tabela temos Corinthians já classificado, Barueri e Santos, um não tem camisa nem torcida o que faz muita diferença neste campeonato, o outro com um bom time, mas elenco limitado.


Se tivermos regularidade à vaga para a libertadores virá, mas vou alem e digo temos time e principalmente torcida e camisa para disputarmos o titulo, tudo dependera da regularidade, e de como nosso general vai se comportar no tabuleiro até o final desta guerra.


sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Cadê Eles?

Cadê aqueles que diziam que o Grêmio seria melhor sem Tcheco?
Cadê os que diziam que Douglas Costa seria a solução de todos os problemas?

O desarranjo tático promovido por Autuori no jogo contra o Vitória foi praticamente um erro acertado. Ele fez o que os críticos queriam, o que a torcida queria, e viu-se no que deu: a pior partida do Grêmio em casa e quase a perda da invencibilidade de um ano no Monumental.

A torcida que vaiava o capitão não agüentou 45 minutos sem sua presença. Novamente afirmo, Tcheco não é o meu “10” dos sonhos, longe disso, mas no grupo do Grêmio não há outro jogador com suas características, que pare a bola, pense o jogo, acerte o antepenúltimo passe. Assim é a Tchecodependência: ruim com ele, pior, muito pior, sem ele.

Douglas Costa é um caso de auto-desvalorização impressionante: a cada jogo vale menos. Já custava € 22 milhões, a ultima especulação já se falava em € 8 milhões.
É a velha síndrome pós-ronaldinho no Olímpico: passou o pé em cima da bola sem tropeçar, é craque.

Fora isso, ainda tivemos a invencionice de Túlio na lateral direita, a sonolência injustificada de Souza, a falta de ritmo de Perea e a falta de habilidade de Jonas.

O Grêmio teve muito mais sorte do que juízo, e mesmo assim não fosse a falta de coordenação de Jonas no útimo lance da partida, poderia ter vencido. Paulo Autuori era unanimidade, mas está se esforçando para perder esse status.

Então que o quase desastre de sábado tenha deixado duas lições: Tcheco por mais lento e outra gama de defeitos que atribuem a ele, não tem substituto e Douglas Costa é bom, mas não é nem de longe a solução dos problemas.

sábado, 5 de setembro de 2009

Justo Reconhecimento

Foram aprovados mais dois nomes que unirão-se com o esquadrão de Imortais na calçada da fama Tricolor, e tardiamente, considerando as contribuições de ambos ao Grêmio.

DANRLEI

Sou um cara suspeito para falar deste que, para mim que não vi Eurico Lara, é o maior - e quando digo maior, não digo melhor - goleiro da história do Grêmio. Danrlei é um gremista como poucos, daqueles que se pudesse jogaria aqui até de graça.

Um exemplo de raça, amor à camisa, tornava-se uma muralha quando o assunto era GREnal. Polêmico, de sangue quente, odiado pelas outras torcidas, contestado pela crítica, mas amado pela torcida do Grêmio.

Um currículo incontestável: são 594 jogos com a camisa do Imortal (insensibilidade da gestão Obino, que não o deixou completar os 600). São 11 títulos importantes pelo Grêmio em 10 anos, mais do que um clube inteiro tinha em Porto Alegre até 2006, só Roger venceu mais que ele com a camisa Tricolor. Ainda tem uma Medalha Olímpica e não fosse seu comportamento exagerado, poderia ter feito companhia a Taffarel em alguma Copa do Mundo.

Danrlei talvez não seja o melhor goleiro tecnicamente da história do Grêmio, mas com certeza, é o maior.

“Danrlei, Danrlei...Danrlei tu é nosso amigo, Danrlei, Danrlei...Geral está contigo...são muitos anos de glória, Danrlei tu é nossa história...Danrlei tu é tricolor, com muita garra e amor.”


CÉSAR

Como diria Eduardo Bueno, o Peninha, César, não é apenas um nome e sim um titulo um destino, quando nasceu seus pais imaginaram que aquele pequenino não seria mais um. Mas não foi por seu nome histórico que Cezar esta na historia do Grêmio, Final da Libertadores de 1983 jogo empatado em 1x1, César saiu do banco de reservas para dar não apenas ao Grêmio, mas ao RS o primeiro titulo continental de sua historia.
Para ilustrar o momento do derradeiro gol, busquei um trecho do livro de Eduardo Bueno “Grêmio: nada pode ser maior".

"A coisa toda se passou em sete mágicos segundos: aos 31min53s, Renato está encurralado junto à linha lateral. Tem a bola e a bandeirinha de escanteio à sua frente e dois cães de caça vestidos de amarelo e preto rosnando em sua cola; aos 31min54s, o ponteiro encosta o bico da chuteira na bola e lembra de sua obstinação desde os tempos em que era padeiro em Bento Gonçalves; aos 31min55s, quase de costas para o campo e de frente para a torcida, Renato sente uma luz divina percorrendo suas pernas e levanta a bola para si mesmo, desafiando o espaço e a lei da gravidade; aos 31m56s, com a precisão geométrica de um arquiteto, ele consegue cruzar de puxeta uma bola impossível para a área do Peñarol; aos 31min57s, Fernandez ainda não se deu conta do lance de gênio.

A quase quarenta metros dali, o centroavante César arranca leivas da grama e move seus músculos em direção ao nirvana; aos 31min58s, Fernandez percebe que a bola vem na direção da área. Pressente que é tarde para esboçar a defesa, mas tenta movimentar cada nervo de seu corpo. Em vão, pois, aos 31min59s, a bola já está a milímetros da cabeça de César. O atacante arregala os olhos, se joga no espaço como um astronauta, desafiando a física, a lógica, a métrica, a retórica, a gramática, e encontra a pelota à feição, impulsionando-a, de peixinho, para as redes. Ele nem vê ela entrar. Ao levantar-se da grama molhada, coração disparado, sorriso nos lábios, arrepio em toda a pele, já está escutando o estrondo do tamanho da América que toma conta do Olímpico. Ave, César!”“

Enfim, dois jogadores, duas lendas, duas Libertadores.

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