sábado, 5 de setembro de 2009

Justo Reconhecimento

Foram aprovados mais dois nomes que unirão-se com o esquadrão de Imortais na calçada da fama Tricolor, e tardiamente, considerando as contribuições de ambos ao Grêmio.

DANRLEI

Sou um cara suspeito para falar deste que, para mim que não vi Eurico Lara, é o maior - e quando digo maior, não digo melhor - goleiro da história do Grêmio. Danrlei é um gremista como poucos, daqueles que se pudesse jogaria aqui até de graça.

Um exemplo de raça, amor à camisa, tornava-se uma muralha quando o assunto era GREnal. Polêmico, de sangue quente, odiado pelas outras torcidas, contestado pela crítica, mas amado pela torcida do Grêmio.

Um currículo incontestável: são 594 jogos com a camisa do Imortal (insensibilidade da gestão Obino, que não o deixou completar os 600). São 11 títulos importantes pelo Grêmio em 10 anos, mais do que um clube inteiro tinha em Porto Alegre até 2006, só Roger venceu mais que ele com a camisa Tricolor. Ainda tem uma Medalha Olímpica e não fosse seu comportamento exagerado, poderia ter feito companhia a Taffarel em alguma Copa do Mundo.

Danrlei talvez não seja o melhor goleiro tecnicamente da história do Grêmio, mas com certeza, é o maior.

“Danrlei, Danrlei...Danrlei tu é nosso amigo, Danrlei, Danrlei...Geral está contigo...são muitos anos de glória, Danrlei tu é nossa história...Danrlei tu é tricolor, com muita garra e amor.”


CÉSAR

Como diria Eduardo Bueno, o Peninha, César, não é apenas um nome e sim um titulo um destino, quando nasceu seus pais imaginaram que aquele pequenino não seria mais um. Mas não foi por seu nome histórico que Cezar esta na historia do Grêmio, Final da Libertadores de 1983 jogo empatado em 1x1, César saiu do banco de reservas para dar não apenas ao Grêmio, mas ao RS o primeiro titulo continental de sua historia.
Para ilustrar o momento do derradeiro gol, busquei um trecho do livro de Eduardo Bueno “Grêmio: nada pode ser maior".

"A coisa toda se passou em sete mágicos segundos: aos 31min53s, Renato está encurralado junto à linha lateral. Tem a bola e a bandeirinha de escanteio à sua frente e dois cães de caça vestidos de amarelo e preto rosnando em sua cola; aos 31min54s, o ponteiro encosta o bico da chuteira na bola e lembra de sua obstinação desde os tempos em que era padeiro em Bento Gonçalves; aos 31min55s, quase de costas para o campo e de frente para a torcida, Renato sente uma luz divina percorrendo suas pernas e levanta a bola para si mesmo, desafiando o espaço e a lei da gravidade; aos 31m56s, com a precisão geométrica de um arquiteto, ele consegue cruzar de puxeta uma bola impossível para a área do Peñarol; aos 31min57s, Fernandez ainda não se deu conta do lance de gênio.

A quase quarenta metros dali, o centroavante César arranca leivas da grama e move seus músculos em direção ao nirvana; aos 31min58s, Fernandez percebe que a bola vem na direção da área. Pressente que é tarde para esboçar a defesa, mas tenta movimentar cada nervo de seu corpo. Em vão, pois, aos 31min59s, a bola já está a milímetros da cabeça de César. O atacante arregala os olhos, se joga no espaço como um astronauta, desafiando a física, a lógica, a métrica, a retórica, a gramática, e encontra a pelota à feição, impulsionando-a, de peixinho, para as redes. Ele nem vê ela entrar. Ao levantar-se da grama molhada, coração disparado, sorriso nos lábios, arrepio em toda a pele, já está escutando o estrondo do tamanho da América que toma conta do Olímpico. Ave, César!”“

Enfim, dois jogadores, duas lendas, duas Libertadores.

2 comentários:

Anônimo disse...

shouza,o mercenario
um jogo que ele o mercnario jogou,só um

Fernando Nunes disse...

O Blog Men voltou...!!! Taí um comentário fundamentado em fatos e ídolos que honraram com sangue e suor o manto sagrado. E graças a esses guerreiros do passado recente, colocamos para a vitrine do mundo, o Futebol Forte e Aguerrido do Sul do Brasil.
Obrigado Danrlei...
Obrigado César!

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